segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E como as rosas... os perfumes embriagam e apaixonam

Só de estar perto de você me sinto bem...
Era  um dia qualquer da semana, daqueles que não surgem como algo inesperado. Sombra, aconchego e o inevitável. A vida é mesmo uma caixinha de surpresas e, os sentimentos  são embaralhados de progressão. E o amor? Ah o amor! Parece que surge na primavera.

Talvez toda expectativa estivera voltada a uma reação adversa. Uma repulsa, um desapego. E o que mais quisera ouvir naquele momento era uma afirmação seguida de um abraço de 10 min.

Nunca tive tempo para o amor, dediquei-me aos lírios que só perfumam à noite e passam o dia desacordados. Eu sempre quis um amor de primavera, daqueles bonitos, com aroma do campo e cheiro de vida nova, mas nunca os tive. Apenas nessa vida errante colhi frutos estragados, do tipo que a terra faz questão de degradar. Amei no verão, com o calor do corpo. Plantei e colhi sorrisos no outono. E no inverno, somente o frio foi minha companhia, companhia desajustada eu diria.

Gostaria mesmo de um amor de primavera, não repentino no verão ou choroso no inverno e que no fim morresse no outono. Só mesmo na primavera eu seria feliz.

Seria importante para as abelhas, beija-flores e em datas comemorativas. Todos me amariam e não sei se isso seria de bom agrado. Quem muito agrada pouco demonstra confiança. Mesmo assim, vestiria-me de rosas, teria a delicadeza de uma pétala e o romantismo dos apaixonados. Um dia eu morreria, perderia o perfume e talvez murchasse em um vaso antigo e empoeirado de uma casa. Mas pelos melhores dos motivos, ainda assim eu seria feliz. Parece que o amor só surge na primavera.

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